sábado, 10 de outubro de 2015

Regras de convivência para sala de aula

AS REGRAS DE CONVIVÊNCIA EM SALA DE AULA

Dados da Aula

O que o aluno poderá aprender com esta aula
  1. Rememorar situações cotidianas de sala de aula que têm produzido efeitos negativos nos relacionamentos interpessoais.
  2. Construir as regras de convivência de sala de aula a partir das experiências vividas no grupo.
  3. Zelar pelo cumprimento das regras criadas pelo grupo de convivência.
Duração das atividades
Duas ou mais aulas de 50 minutos.
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno
Professor, para o desenvolvimento desta aula, é importante que os alunos tenham conhecimentos básicos de leitura, interpretação, escrita e produção de texto. Seria muito interessante trabalhar com os alunos o conceito de regras. De acordo com o dicionário Aurélio, Regra quer dizer "Aquilo que regula, dirige, rege ou governa" também "Aquilo que está determinado pela razão, pela lei ou pelo costume; preceito, princípio, lei, norma". Dessa forma, as regras de convivência prescrevem o nosso modo de pensar e de agir em vários espaços sociais.
Estratégias e recursos da aula
1ª ATIVIDADE: O professor deverá iniciar a aula apresentando algumas imagens para os alunos:
a) Imagem 1   

b) Imagem 2   

Em seguida, o professor deverá pedir aos alunos que digam o que cada imagem representa e que relações eles conseguem estabelecer entre aquelas cenas apresentadas e o cotidiano de sala de aula. Tendo as imagens como inspiração, professor e alunos deverão construir as regras de conduta, ou seja, o que “vale” e o que “não vale” na convivência diária de sala de aula. O trabalho poderá ser ampliado com a construção de outras regras, com a mediação do professor, a partir de reflexões realizadas pelos alunos acerca de situações que têm ocorrido em sala de aula, produzindo efeitos negativos nos relacionamentos interpessoais.
Cada “par de regras” construído - o que “vale” e o que “não vale” -, deverá ser escrito em tiras de papel (Professor, seguem alguns exemplos de “pares de regras”: “Vale correr no pátio. Não vale correr em sala de aula”; “Vale dialogar com o colega. Não vale brigar”; “Vale gritar no pátio. Não vale gritar em sala de aula”; “Vale jogar o lixo na lixeira. Não vale jogar o lixo no chão da sala de aula”; “Vale aguardar a sua vez de falar. Não vale interromper os colegas e nem o professor” e outros). Posteriormente, estas tiras contendo os “pares de regras” deverão ser ilustradas com gravuras ou desenhos dos próprios alunos e organizadas para compor um painel de sala de aula, podendo ser consultadas diariamente. Os alunos poderão, também, registrar os pares de regras em seus cadernos.
2ª ATIVIDADE: Neste momento, o professor deverá colocar a seguinte questão para os alunos: Se as regras de convivência de sala de aula construídas por nós, para orientar as nossas ações, não forem cumpridas, o que poderá acontecer?  (Professor, é comum nesta faixa etária dos alunos das séries iniciais do Ensino Fundamental, que eles façam sugestões punitivas, bastante severas e rígidas para os que transgridem as normas, as regras estabelecidas. Regidos por um pensamento ainda egocêntrico, geralmente não conseguem articular/coordenar diferentes pontos de vista e nem analisar as situações considerando as intenções dos outros. Conseguem apenas perceber os efeitos produzidos pela transgressão das regras, de forma unilateral. É seu papel de educador, criar situações desafiadoras que favoreçam a construção de novas estruturas do pensar).
Após ouvir as idéias dos alunos, o professor deverá problematizar cada sugestão trazida por eles, destacando aquelas que caracterizam as “sanções expiatórias” ou punitivas e as referentes às “sanções por reciprocidade” (Professor, “Piaget (1932/1965) discutiu seis tipos de sanções por reciprocidade que oferecem uma maneira útil de pensar sobre como enfrentar as transgressões em sala de aula: Conseqüências Naturais, Compensação, Exclusão, Censura. Existem ainda, as sanções do tipo privar o transgressor do objeto mal-usado e fazer ao outro o mesmo que ele fez. O objetivo da consequência é comunicar que aquele que errou perturbou um relacionamento interpessoal”).   
Fonte: http://www.existencialismo.org.br/jornalexistencial/alternativas.htm  “ Alternativas Cooperativas à Disciplina” do psicólogo e sociólogo Maurício Castanheira.   
Em seguida, alunos e professor deverão elaborar um texto sobre as consequências decorrentes da transgressão às regras combinadas. Este texto deverá ser afixado no caderno de cada aluno e também no espaço coletivo da sala de aula.
3ª ATIVIDADE: O professor dividirá os alunos em grupos e a tarefa de cada grupo é construir um “Jogo de Baralho” das regras de convivência na sala de aula e das consequências relativas à transgressão das mesmas. As cartas do jogo formarão pares complementares. (Professor, seguem algumas sugestões de pares complementares que poderão compor o Jogo de Baralho: 1º par: Em uma das cartas, “Vale manter a sala de aula limpa”, na outra, “Não vale sujar a sala de aula”; 2º par: Em uma das cartas “Se estragou alguma coisa...” e em outra, “Se estragou, tem que consertar ou repor o objeto”; 3º par: Em uma das cartas “Se rasgou algo...” e em outra, “Se rasgou, tem que colar ou repor o objeto” e outros).
Terminada a confecção do baralho, o professor deverá distribuir as Regras do Jogo para cada grupo. Após a leitura das Regras, cada grupo deverá iniciar o jogo.
REGRAS DO JOGO DE BARALHO 
Participantes:
O número ideal de participantes é no mínimo 04 e no máximo 08 jogadores.
Baralho:
Utiliza-se o baralho dos pares complementares construído pelos grupos de alunos.
Objetivo:
O objetivo de cada participante é o de se livrar das cartas que estiverem em sua mão e fazer o maior número de pares possíveis.
Regras:
Inicialmente escolhe-se o carteador.
A escolha pode ser feita por sorteio sendo escolhido aquele que tirar a carta maior.
O carteador embaralha as cartas e pede ao jogador sentado à sua direita que proceda ao corte do baralho.
A distribuição das cartas se dará a partir do jogador à esquerda do carteador.
O carteador deverá distribuir, uma a uma, todas as cartas do baralho.
Depois de distribuídas todas as cartas cada jogador deverá formar todos os pares complementares possíveis com as cartas que estiverem na sua mão.
Os pares formados serão colocados na frente do jogador que os formou.
Depois que todos os jogadores tiverem feito todos os pares possíveis, inicia-se a fase de compra de cartas.
O primeiro jogador a esquerda do carteador inicia esta fase comprando uma carta do leque do jogador colocado à sua esquerda. Se fizer par, deverá colocá-lo sobre o monte à sua frente. O jogo segue assim, um jogador comprando carta do jogador à sua esquerda.
Vence a rodada quem fizer o maior número de pares.
Uma forma interessante de escolher o vencedor ou vencedores da rodada, poderá ser a que se segue: O jogador, à esquerda do carteador, deverá iniciar a leitura de cada par de cartas formado. O grupo decidirá que aluno merece ganhar aquele ponto, por conseguir cumprir aquela regra específica de convivência em sala de aula. Segue-se o mesmo procedimento, até que todos os jogadores tenham realizado a leitura dos pares de cartas. Os pontos serão anotados em uma folha de papel logo abaixo do nome de cada participante do grupo. Vence a rodada o aluno que fizer o maior número de pontos. Esse procedimento escolhido para decidir o vencedor ou vencedores do jogo, possibilita a reflexão e análise acerca do cumprimento ou não das regras estabelecidas pelo grupo, favorece o diálogo e a comunicação entre os alunos e a aprendizagem do respeito mútuo. (Professor, os alunos poderão construir alguns "Jogos de Baralho" de pares complementares - de perguntas e de respostas relacionadas aos conteúdos trabalhados durante as aulas dos vários conteúdos de aprendizagem. A criação na escola de Projetos de Trabalho Interdisciplinar na modalidade de Oficinas de Jogos,  possibilita a construção do conhecimento pelos alunos de forma lúdica, prazerosa e significativa!).

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