quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Um ano perdido na educação


O Brasil começou o primeiro dia de 2015 com um novo mote: “pátria educadora”. Mas este foi, na verdade, um ano perdido na educação.

Com três ministros num ano só, corte de R$ 9,4 bilhões no orçamento, greve de cinco meses nas universidades federais, cancelamento das visitas de avaliação do MEC ao cursos superiores e apatia na implementação do Plano Nacional de Educação (PNE), pouca coisa se mexeu na educação brasileira.

Os cortes do Fies (Fundo de Financiamento Estudantil) fizeram pairar a insegurança sobre o sonho de milhões de estudantes. O Pronatec, reduzido à metade e autodeclarado ineficiente pelo próprio governo, já que não tem impacto na empregabilidade dos estudantes, acabou se tornando um programa com finalidade mais política do que técnica.

Enquanto isso, o programa Ciência sem Fronteiras foi praticamente extinto, reduzido apenas à manutenção dos alunos que já estão no exterior e com data definida para ser “congelado”.

A meta número 1 do PNE era universalizar, até 2016, a educação infantil na pré-escola para crianças de quatro a cinco anos de idade. Porém, os R$ 3,4 bilhões destinados a construir creches foram cortados.

No último Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), computado em 2013, o estado brasileiro mais bem colocado, Goiás, ficou com nota 3,8 no ensino médio, numa lista alarmante que chega até os 2,6 de Alagoas, na lanterna.

Este mês, as escolas brasileiras fazem outra vez a Prova Brasil – para gerar novo Ideb. Tendo sido este o ano que foi para a educação, ninguém poderá ficar surpreso se, no próximo resultado, e também nos rankings internacionais, a coisa continuar estagnada.

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